quarta-feira, 1 de junho de 2011

Luciane Martins, por Ismael Luna

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, MACKENZIE, Brasil. 
Doutorado em Ciências (Biologia Celular e Tecidual) (Conceito CAPES 5). Universidade de São Paulo, USP, Brasil e com período sanduíche em Universidad Autonoma de Madrid(Orientador:Pilar Santisteban Sanz ).




Ismael Luna: Dra Luciane, para começar a entrevista gostaria de saber sobre sua formação acadêmica e carreira profissional.

Luciane Martins:  Sou formada em biologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com doutorado em Ciências pelo programa de “Biologia Celular e Tecidual” no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente sou pesquisadora colaboradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba - Universidade Estadual de Campinas, e bolsista de pós-doutorado da Capes.


Ismael luna: Em relação ao programa de pós-graduação “Biologia Celular e Tecidual” no Depto. de Biologia Celular e Tecidual do ICB-USP, o que foi desenvolvido?

Luciane Martins: Durante o tempo que estive no Depto. de Biologia Celular e Tecidual, participei ativamente de vários projetos de pesquisa desenvolvidos no laboratório de Biologia Molecular da Tiróide. Ainda durante a graduação participei do “Projeto Genoma Humano do Câncer” como aluna de iniciação científica (2000-2001) e desenvolvi o projeto “Utilização da expressão proteica de galectina-3 no diagnóstico diferencial entre tumores benignos e malignos de tiróide”, sendo premiada como Menção Honrosa no SIICUSP 2001. Em 2002, quando finalmente ingressei no programa de pós-graduação “Biologia Celular e Tecidual” em nível de doutorado direto, estive envolvida no estudo da proteína galectina-3 e seu papel na fisiologia e no câncer de tiróide. O programa de pós-graduação tornou posível a realização de estágio no exterior no ano de 2007, quando estive na Universidade Autônoma de Madrid “Alberto Sols”,  através do programa de cooperação internacional Brasil-Espanha da CAPES, para desenvolver parte do meu projeto de doutorado.

Ismael Luna: Como foi desenvolvido seu vínculo com a genética?

Luciane Martins: O Câncer é uma doença cujo desenvolvimento é influenciado tanto por fatores genéticos como ambientais (exposição à radiação, tabagismo, infecções virais, etc). Assim, eu acabei me interessando pelo ramo da genética visando à compreensão da influência da herança genética e dos mecanismos moleculares envolvidos no desenvolvimento do câncer de tiróide. Isto me permitiu aprofundar meus conhecimentos no campo da genética do câncer e das técnicas de biologia molecular, genômica, histologia e biologia celular.

Ismael Luna: qual a importância e o papel da galectina-3 no câncer?

Luciane Martins: A Galectina-3 é considerada por muitos pesquisadores um potencial marcador no diagnóstico de câncer de tiróide, uma vez que a sua expressão está aumentada no tecido tumoral comparado ao tecido normal. O fato desta proteína estar aumentada no câncer a torna alvo de estudos visando uma aplicação no diagnóstico, prognóstico e tratamento do câncer.

Ismael Luna: Do que trata o Projeto Genoma Humano do Câncer? Que benefícios os estudos nesse projeto poderão trazer, principalmente para as pessoas com câncer?

Luciane Martins: O projeto genoma humano do câncer tive como principal objetivo a identificação de genes diferencialmente expressos no câncer. Muitos genes identificados neste projeto estão sendo investigados e podem ser futuros marcadores tumorais usados no diagnóstico precoce da doença ou no desenvolvimento de novas terapias.

Ismael Luna: A senhora também possui pesquisas na área de periodontia. Que tipo de pesquisas foram realizados nessa área?

Luciane Martins: O grupo de pesquisa, do qual eu faço parte no depto de periodontia, investiga os fenômenos celulares e moleculares envolvidos na regeneração periodontal e na patogênese da doença periodontal. Um dos projetos realizado no departamento trata do estudo clínico e molecular de pacientes afetados pela odontohipofosfatasia, visando identificar as alterações genéticas no gene TNSALP que estão associadas ao fenótipo de odontohipofosfatasia.

Ismael Luna: Qual sua atividade atual?

Luciane Martins: Atualmente, sou pesquisadora colaboradora da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, onde participo ativamente no desenvolvimento de dois projetos de pesquisa "Amelogeninas como moléculas sinalizadoras: Um estudo dos mecanismos moleculares de ação da LRAP na maturação de cementoblastos e sua interação com a via de sinalização Wnt" e "Análise diferencial da regulação gênica de células da polpa e ligamento periodontal em indivíduos saudáveis e com hipofosfatasia".



Agradecimentos:
Gostaria de agradecer a Dra Luciane Martins por ter me doado parte do seu tempo para me conceder essa entrevista que por sinal está muito boa, visto que a Dra é uma pessoa bastante qualificada. Gostaria de agradecer também a Viviene Barbosa (Cirurgiã-dentista, especialista em periodontia por ter feito uma ponte de encontro com a Dra Luciane. Muito obrigado!

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