quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ricardo Lehtonen R de Souza, por Geraldo Filho

Ricardo Lehtonen R. de Souza 
 Doutor em Genética - UFPR

Trabalha na Universidade Federal do Paraná, tem mestrado e doutorado em Genética.

Trabalha com Genética Humana, na linha de pesquisa Genes de Interesse Clínico, com projetos que envolvem doenças como diabetes, obesidade, câncer, Alzheimer e displasias ectodérmicas.

1- Como é que os genes nos mostra nossas origens?
Os genes permitem comparações que não são possíveis a nível morfológico, por exemplo, morfologicamente um animal e uma bactéria não nada em comum, mas tem muitos genes em comum e estes podem ser comparados. Além disso, com os projetos genoma, hoje em dia temos uma quantidade de dados muito grande, que permitem muitos estudos evolutivos o que ajuda a entender não só a evolução humana, bem como a de outras espécies.

 2- Se uma pessoa tem a glicemia, o colesterol e a pressão altos controlados por medicamentos e alimentação, mas, de repente, começou a engordar a que tipo de diabetes esse caso está relacionado? Como tratar o problema?
Obesidade é um fator que predispõe a diabetes do tipo 2. Nesse caso deve-se tratar a obesidade para evitar o diabetes.

3- É possível uma pessoa com tendência a ter diabetes adquirir a doença mesmo tendo uma alimentação considerável boa?
Sim, porque existem diversos fatores ambientais, ainda não totalmente elucidados, que podem desencadear o problema, como por exemplo, infecções virais.

4- É possível modificar o poder dos genes relacionado ao sobrepeso tendo um estilo de vida saudável?
Sim, pois o componente ambiental é muito importante na determinação do peso corporal, logo os hábitos alimentares e estilo de vida vão influenciar o peso do indivíduo.

5- O índice mostra que, nos últimos anos, a obesidade infantil só aumenta no Brasil. A genética está relacionada de alguma forma com esse problema?
Isso provavelmente se deve aos aspectos ambientais (hábitos alimentares e estilo de vida), pois as freqüências alélicas nas populações se mantem estáveis (equilíbrio de Hardy-Weinberg) a menos que tenha algum fator específico que altere as freqüências.

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